toda essa viagem terminasse numa decepção. Mas também sabia que uma ún terjemahan - toda essa viagem terminasse numa decepção. Mas também sabia que uma ún Bahasa Indonesia Bagaimana mengatakan

toda essa viagem terminasse numa de

toda essa viagem terminasse numa decepção. Mas também sabia que uma única pessoa era a
culpada pelo
aperto em que me encontrava: eu mesma.
Eu havia crescido achando que herdaria metade da fortuna de tia Rose e, por causa disso, nem
sequer tentara construir a minha. Enquanto outras moças da minha idade haviam escalado o
poste
escorregadio da carreira com as unhas meticulosamente feitas, eu só havia trabalhado em
atividades de que
gostava – como dar aulas em colônias de férias dedicadas ao estudo de Shakespeare -, sabendo
que, mais
cedo ou mais tarde, a herança de tia Rose cuidaria da minha crescente dívida com os cartões de
crédito.
Como resultado, agora eu tinha pouco a que recorrer, exceto uma fugidia relíquia de família,
deixada em
terras distantes por uma mãe de quem eu mal conseguia me lembrar.
Desde que abandonara o curso de pós-graduação, eu não tinha morado em nenhum lugar em
particular, dormindo nos sofás de amigos do movimento pacifista e indo embora toda vez que
conseguia
um trabalho para lecionar Shakespeare. Por alguma razão, as peças do Bardo eram a única coisa
que havia
se fixado em minha cabeça e, por mais que tentasse, nunca me cansava de Romeu e Julieta.
Vez por outra, dava aulas para adultos, mas preferia de longe as crianças ― talvez por ter uma
boa
dose de certeza de que elas gostavam de mim. Minha primeira pista disso era que sempre se
referiam aos
adultos como se eu não fosse um deles. Eu ficava feliz por elas me aceitarem como uma delas,
embora
soubesse que isso não era propriamente um elogio. Significava apenas que elas desconfiavam
que eu
também nunca havia crescido de verdade e que, mesmo aos 25 anos, ainda dava a impressão de
ser uma
adolescente atrapalhada, que lutava para articular ― ou, com mais frequência, esconder ― a
poesia que
levava em minha alma.
Não contribuía para minha carreira o fato de eu ser completamente incapaz de visualizar meu
futuro. Quando me perguntavam o que eu gostaria de fazer da vida, não tinha ideia do que
responder e,
quando tentava me imaginar dali a cinco anos, só conseguia enxergar um grande buraco negro.
Nos
momentos de melancolia, interpretava essa escuridão iminente como um sinal de que morreria
jovem e de
que a razão para eu não conseguir contemplar meu futuro era que não existia nenhum. Minha
mãe tinha
morrido jovem, assim como minha avó ― a irmã mais nova de tia Rose. Por algum motivo, o
destino nos
perseguia e, toda vez que eu me via contemplando um compromisso a longo prazo, fosse ele de
trabalho
ou de moradia, sempre recuava na última hora, perseguida pela ideia de que não estaria presente
para vêlo
concluído.
Toda vez que eu voltava para passar o Natal ou minhas férias de verão em casa, tia Rose me
implorava discretamente que ficasse com ela, em vez de continuar em minha existência sem
rumo. "Sabe,
Julie", dizia enquanto decorava a árvore de Natal, um anjo de cada vez, "você poderia voltar para
cá por
uns tempos e pensar no que gostaria de fazer."
No entanto, apesar de me sentir tentada, eu sabia que não podia fazer isso. Janice estava morando
sozinha, ganhando dinheiro com o agenciamento de casais e morando num apartamento alugado,
de dois
quartos e com vista para um lago artificial; para mim, voltar para casa seria reconhecer que ela
vencera.
Agora, é claro, tudo havia mudado. Voltar a morar com tia Rose não era mais uma opção. O
mundo
que eu conhecia pertencia a Janice e a mim não restara nada além do conteúdo de um envelope
pardo.
Sentada ali no avião, relendo a carta de tia Rose, acompanhada por um copo plástico de vinho
acre, de
repente me ocorreu como eu estava completamente só, agora que ela se fora e que no mundo
restava
apenas Umberto.
Enquanto crescia, eu nunca fora boa em fazer amizades. Janice, por sua vez, teria dificuldade
para
espremer os amigos mais íntimos e queridos num ônibus de dois andares. Toda vez que ela saía à
noite
com sua turma risonha, tia Rose passava um tempo andando nervosamente em círculos a meu
redor,
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fingindo procurar a lente de aumento ou seu lápis especial para palavras cruzadas. Acabava por
se sentar a
meu lado no sofá, parecendo interessada no livro que eu lia. Mas eu sabia que não estava.
"Sabe, Julie", ela dizia, tirando fiapos da calça do meu pijama, "eu me divirto muito bem sozinha.
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toda essa viagem terminasse numa decepção. Mas também sabia que uma única pessoa era aculpada peloaperto em que me encontrava: eu mesma.Eu havia crescido achando que herdaria metade da fortuna de tia Rose e, por causa disso, nemsequer tentara construir a minha. Enquanto outras moças da minha idade haviam escalado oposteescorregadio da carreira com as unhas meticulosamente feitas, eu só havia trabalhado ematividades de quegostava – como dar aulas em colônias de férias dedicadas ao estudo de Shakespeare -, sabendoque, maiscedo ou mais tarde, a herança de tia Rose cuidaria da minha crescente dívida com os cartões decrédito.Como resultado, agora eu tinha pouco a que recorrer, exceto uma fugidia relíquia de família,deixada emterras distantes por uma mãe de quem eu mal conseguia me lembrar.Desde que abandonara o curso de pós-graduação, eu não tinha morado em nenhum lugar emparticular, dormindo nos sofás de amigos do movimento pacifista e indo embora toda vez queconseguiaum trabalho para lecionar Shakespeare. Por alguma razão, as peças do Bardo eram a única coisaque haviase fixado em minha cabeça e, por mais que tentasse, nunca me cansava de Romeu e Julieta.Vez por outra, dava aulas para adultos, mas preferia de longe as crianças ― talvez por ter umaboadose de certeza de que elas gostavam de mim. Minha primeira pista disso era que sempre sereferiam aosadultos como se eu não fosse um deles. Eu ficava feliz por elas me aceitarem como uma delas,emborasoubesse que isso não era propriamente um elogio. Significava apenas que elas desconfiavamque eutambém nunca havia crescido de verdade e que, mesmo aos 25 anos, ainda dava a impressão deser umaadolescente atrapalhada, que lutava para articular ― ou, com mais frequência, esconder ― apoesia quelevava em minha alma.Não contribuía para minha carreira o fato de eu ser completamente incapaz de visualizar meufuturo. Quando me perguntavam o que eu gostaria de fazer da vida, não tinha ideia do queresponder e,quando tentava me imaginar dali a cinco anos, só conseguia enxergar um grande buraco negro.Nosmomentos de melancolia, interpretava essa escuridão iminente como um sinal de que morreriajovem e deque a razão para eu não conseguir contemplar meu futuro era que não existia nenhum. Minhamãe tinhamorrido jovem, assim como minha avó ― a irmã mais nova de tia Rose. Por algum motivo, odestino nosperseguia e, toda vez que eu me via contemplando um compromisso a longo prazo, fosse ele detrabalhoou de moradia, sempre recuava na última hora, perseguida pela ideia de que não estaria presentepara vêloconcluído.Toda vez que eu voltava para passar o Natal ou minhas férias de verão em casa, tia Rose meimplorava discretamente que ficasse com ela, em vez de continuar em minha existência semrumo. "Sabe,Julie", dizia enquanto decorava a árvore de Natal, um anjo de cada vez, "você poderia voltar paracá poruns tempos e pensar no que gostaria de fazer."No entanto, apesar de me sentir tentada, eu sabia que não podia fazer isso. Janice estava morandosozinha, ganhando dinheiro com o agenciamento de casais e morando num apartamento alugado,de doisquartos e com vista para um lago artificial; para mim, voltar para casa seria reconhecer que elavencera.Agora, é claro, tudo havia mudado. Voltar a morar com tia Rose não era mais uma opção. Omundoque eu conhecia pertencia a Janice e a mim não restara nada além do conteúdo de um envelopepardo.Sentada ali no avião, relendo a carta de tia Rose, acompanhada por um copo plástico de vinhoacre, derepente me ocorreu como eu estava completamente só, agora que ela se fora e que no mundorestavaapenas Umberto.Enquanto crescia, eu nunca fora boa em fazer amizades. Janice, por sua vez, teria dificuldadeparaespremer os amigos mais íntimos e queridos num ônibus de dois andares. Toda vez que ela saía ànoitecom sua turma risonha, tia Rose passava um tempo andando nervosamente em círculos a meuredor,Página 19EBOOK4KINDLE - O MAIOR PORTAL DE EBOOKS DO BRASIL!JULIETA – ANNE FORTIEREbook4Kindle The Best!fingindo procurar a lente de aumento ou seu lápis especial para palavras cruzadas. Acabava porse sentar ameu lado no sofá, parecendo interessada no livro que eu lia. Mas eu sabia que não estava."Sabe, Julie", ela dizia, tirando fiapos da calça do meu pijama, "eu me divirto muito bem sozinha.Se você
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